terça-feira, 2 de outubro de 2018

Praxe - A Escolha da Madrinha


Sendo uma aluna do primeiro ano a frequentar a praxe, em Coimbra, antes da tão esperada Latada, sabia que existia uma decisão importante a ser tomada: o apadrinhamento.
Para além dos padrinhos nos acompanharem nos momentos praxísticos da faculdade (o Baptismo, a Imposição das Insígnias, o Traçar da Capa, as praxes, entre outros), são também os nossos pais e mães na cidade que escolhemos para estudar: ajudam-nos com as cadeiras e professores, cuidam de nós quando não estamos em condições, ajudam-nos a não nos perdemos pela cidade, entre muitas outras coisas. Mais do que a nossa família da faculdade, deverão ser, acima de tudo, amigos que só querem o nosso bem.
Cada universidade, e cada curso dentro delas tem regras diferentes para o apadrinhamento. No meu curso, antes de Latada temos de escolher uma madrinha (as meninas) ou um padrinho (os meninos) oficial, que terá de estar no segundo ano (ou seja, normalmente terá duas matrículas, a não ser que tenha mudado de curso) e deverá ter apenas 2 afilhados/as oficiais (nesses critérios). Depois podemos escolher o do outro género e os padrinhos e madrinhas adoptivos que quisermos, dentro e fora do curso. O padrinho ou madrinha oficial compra-nos o kit da Latada, a comida e bebida para o cortejo e faz o nosso fato para o mesmo, entre outras coisas.
Tendo poucos dias para decidirmos e fazer pedidos, segui o meu coração. Toda a gente espera que escolhamos a pessoa com quem nos damos melhor, mas dado que não conhecemos bem as pessoas (a Latada este ano é bem cedo!), houve bastantes pessoas com dúvidas. Há tanta gente que nos disse muito, e a questão difícil de escolher uma pessoa talvez seja... não escolher as outras. É tão bom quando há tanta gente que nos faz sentir bem nesta nossa nova família!
Eu escolhi a pessoa que o meu coração mandou, aquela que eu pensava "Se esta doutora vem à praxe, vai ser giro". Aquela que sempre foi uma das pessoas que sempre mais se preocupou connosco e que queria que vivêssemos estes momentos como se acabassem amanhã, sentindo-os como se fossem para sempre. E não podia estar mais feliz e orgulhosa da minha escolha.
Querida Madrinha Mariana, comigo e com as minhas irmãs sabemos que vais viver muitos momentos felizes. Não prometemos ser as melhores, mas dar sempre o melhor de nós, na praxe e na vida. Da minha parte, prometo muito amor, carinho, paciência e compreensão. Pois sei que apadrinhar não é um prémio. É a responsabilidade mais importante que a Praxe nos dá. É caminhar ao lado de alguém que nos vê como o seu exemplo dentro e fora da Praxe. Prometo também fazer de tudo para honrar a nossa Praxe, o nosso curso, a nossa Universidade e o nosso Código. E que o que Coimbra uniu ninguém separe, hoje e sempre! Hoje viveremos a nossa primeira Serenata da Latada juntas e mal posso esperar <3